sábado, 25 de julho de 2009

LEVANTAR O PANO

sábado, 25 de julho de 2009
De forma a dar a conhecer e a fazer-se conhecer os candidatos “MOIA” transcreve-se o diálogo entre os cabeças de lista em volta de uma mesa redonda (embora a forma não interesse) e em cima das seguintes questões:

- Qual o ponto que considera mais negativo na Freguesia do olival?

Margarida - O que neste momento sobressai de negativo na nossa freguesia é, sem dúvida nenhuma, a saúde. A qualidade de vida dos Olivalenses é muito afectada pela precariedade da saúde a nível de assistência médica.







Esteves -A saúde é um direito que todos devemos ter por igual, e mais num lugar onde as reformas são pequenas, mais se reflecte, porque não há dinheiro para especialistas, ou se vai ao médico ou se tira o pão da boca.

Temos que resolver este bem, em prol dos que com dificuldades nos criaram.




Pedro - Sem dúvida nenhuma, a Saúde! Embora tenha de admitir, que por opção, há longos anos atrás, pelo facto de os meus pais estarem agregados ao sistema de saúde de outra freguesia também a minha família assim decidiu e por isso nunca ter sentido o peso e o contra-censo de estar doente e ter de me deslocar às 6.00 horas da manha para marcar uma consulta no Olival. Inadmissível, claro!
Embora saibamos que a gestão do Centro de Saúde, não depende da Autarquia, acreditamos e somos impelidos a dize-lo:
- A Autarquia e os utentes podem e devem usar mecanismos que por lei existem e que obrigam as hierarquias dos centros de saúdes a analisar os problemas, neste caso do Olival. Permitam que vos lembre, o povo do Olival já se uniu tantas vezes em torno de causas sociais, recordo o motivo que se transformou na “Festa da Sesta” e por que não usar essa mesma união para contestar o funcionamento do próprio serviço. O Movimento “MOIA” e as pessoas que o dirigem estão preparados para o fazer, sempre dentro da legalidade, mas sem medo.



-Olhando para a Freguesia, e pondo de lado o factor “saúde” por ser unanimemente o ponto critico, que projectos gostaria de ver avançar com mais fluidez?

Esteves -A escola será a primeira pedra a mexer. É necessário que a Farmácia fique, mas sem Médicos a tempo inteiro a Farmácia poderá não sobreviver. Água com pressão igual para todos, há quem pague e por vezes não tem água.
Saneamento também deverá ser rápido, quanto mais rápido menos poluímos.
Um empregado para cuidar do cemitério, fontenários, valetas, limpeza e manutenção dos parques e passeios em toda a freguesia.




Pedro - O saneamento básico, a escola, o pavilhão desportivo, embora projectos já em vias de instalação deverão ser apoiados pelo “MOIA”de forma a acelerarem a sua concretização.
Um projecto de Requalificação e Aproveitamento Florestal também seria de meu agrado, onde poderia estar incluído um sistema de prevenção de incêndios ou que de alguma forma ajudasse os Bombeiros.
E claro, pequenos projectos na área social, apoio psicológico a desfavorecidos, acções de formação e de reciclagem profissional. Projectos adequados à dimensão da freguesia ou trabalhados em conjunto com outras freguesias.


Margarida - A escola primária, para mim, é uma das grandes prioridades. As crianças que a frequentam, os professores e auxiliares têm exactamente as mesmas condições que a escola oferecia quando eu a frequentava, há 35 anos. Com a agravante de terem passado estes anos todos que a ajudaram a degradar.
Também é muito importante que não se deixe ir embora uma farmácia centenária, que acostumou os habitantes da freguesia e das freguesias vizinhas a terem “à mão” os medicamentos necessários. Ainda me lembro do tempo em que o Dr. Carlos Vaz fazia na farmácia a maior parte dos medicamentos. A concretizar-se, esta ameaça que pende sobre as nossas cabeças, podemos considerar que o Olival não estagnou, andou para trás.
Tudo, no Olival, o que não dependeu de “dinheiros públicos” foi avançando com a generosidade das pessoas, que têm grande capacidade de se associar em torno de causas para benefício da terra.
Se conseguirmos que seja feito o que, de todo, não depende da população, e esta já deu todas as provas do é capaz de fazer para alcançar um sonho, vamos, certamente, contribuir para que a nossa terra passe a constar no mapa, como referência para outros.

…e o futuro? Peço-vos que projectem a Freguesia do Olival num futuro próximo, 10 anos demasiado próximo?



Pedro - No futuro? Vejo a Freguesia e o ambiente de braços dados, mas não apenas na vertente de ar puro, o ambiente saudável que se deveria sentir no Olival quando as pessoas por cá passassem; reparassem nas crianças que se divertiam numa escola condigna; os catraios usavam os parques desportivos nas suas mais variadas vertentes; os fins de semanas cheios de actividades associativas, religiosas e outras também; os serviços básicos como a farmácia, os correios, agências bancárias e os estabelecimentos comerciais cheios de movimento; os menos novos sempre ocupados e com aqueles sorrisos que lhes são tão peculiares e as industrias a respirar saúde financeira e a fixarem novas pessoas, novas famílias na nossa Freguesia, apenas porque a Freguesia do Olival seria um sitio maravilhoso para se viver!

É pedir muito? Creio que vamos bem encaminhados nesse sentido, com as Associações a ter um papel de extrema importância na dinamização da vida social local tornando a freguesia numa das mais ricas nesse sentido do nosso Distrito e que poderia melhorar ainda mais com alguma coordenação e divulgação através da Junta de Freguesia que deverá ser mais cautelosa, pois acho que, temos perdido alguma identidade, muito por culpa da uniformização dos projectos e planos vindos do poder central.

Acham muito?


Esteves - O Olival na realidade já e Vila, mas temos a tarefa de o elevar a esse nome. Tentar arranjar alguns fundos, como arrendamentos ou alugueres, para evitar a total dependência do orçamento disponibilizado, implementar meios para que os Olivalenses possam ter as notícias do que vamos fazendo, nos é dado, nos foi rejeitado, e os pedidos que fazemos. A Junta de Freguesia não pode governar, criando intrigas, mas deve ser sempre o agente mediador. Tentar trazer alguns serviços para as Juntas de Freguesias, como por exemplo uma simples licença de ruído, ou da licença utilização de terreno da festa, deixando que todas as comissões de festas tenham que se deslocar a Ourém. Um banco no Olival, um Centro de análises, uma sala de cinema. Com tanta água um lugar de lazer poderia ser feito, é só trazer ideias de lugares onde há pouca água.

Estas são ideias nossas, mas para nós a sua também será bem vinda.


Margarida -O Olival, num futuro próximo, pode reunir todas as condições para ser o lugar onde muitos sonharão viver. A nossa terra emana história, com as suas quintas e casas senhoriais, com um povo hospitaleiro, com um cenário verde que deixa encantado que vem de fora.
É necessário preservar o património cultural e natural que temos!
Não pode depender de uma só pessoa a decisão de destruir parte de um monumento ou de cortar uma árvore.
O futuro chega mais rápido do que nos possamos aperceber.


É nossa obrigação preservar o legado dos nossos antepassados para que o possamos entregar intacto ou valorizado aos nossos filhos e netos.

O diálogo era apenas uma conversa amena, no sentido de os candidatos se conhecerem, nas suas mais diversas formas de analisar as vertentes social, cultural, económica e financeira mas também as suas perspectivas futuras da freguesia do Olival.
Mas rapidamente se tornou num texto, que acreditamos, muito interessante pois representa acima de tudo a nossa liberdade de expressão e de atingir os mesmo objectivos.

…UM OLIVAL MELHOR! ...

POR UM OLIVAL ACTIVO

9 comentários:

paula nunes

paula nunes

Sim gostei! Mostraram que sabem o que querem e que têm garra. Na verdade, concordo com a visão ideológica e estratégica dos candidatos os quais conseguem expressar aquelas que são também as minhas aspirações para o Olival. Só tenho uns reparos a fazer:
Não concordo com o termo pequenos projectos sociais, acho que devem ser grandes projectos, em que as instituições da terra devem ter um papel preponderante, como têm tido, mas de forma cooperativa, em que a junta funcione como mediadora.

Acho, também, que é muito bom a ideia de aproximar a junta do povo que serve, neste momento sinto-a muito distante e formalizada. Por isso, a ideia do Esteves de arranjar uma forma de dar conta do trabalho que a junta vai fazendo é, na minha opinião, genial.

Por último, discordo da ideia de que somos uma terra de muito água, se ainda somos estamos a caminho de o não ser, caso não tomemos medidas a curto prazo. Este é um problema não só nacional, mas também global, como sabemos. Mas no que respeita ao Olival, é frequente hoje ouvirmos que há furos a deitar fora, furos que secaram e outros que baixaram ... é um mau presságio! Acho que a junta deve intervir, usando o enquadramento legal em vigor, para mediar esta questão, tão delicada nas zonas rurais, que é a gestão da água... que afinal é de todos e diz respeito a todos.

é tudo por agora...
paula nunes

Anónimo

Ora cá está informação. saúde,saúde,saúde. na verdade, sem médico ficamos sem farmacia e possivelmente sem carreios e sem vida no centro de Olival, como se as pessoas sem assistencia medica adequada não fosse o mais importante.

o projecto florestal parece-me muito interessante, mas poderia ser uma coisa mais concertada, com todas as vertentes da floresta.

A vossa informação está a sair a conta-gotas, haverá por aí mais trunfos na manga?

De qualquer forma, gostei da informação que li, está consistente, estão unidos em redor do mesmo objectivo. A concorrencia que se cuide...

O observador atento está à escuta.

Obervador atento

Anónimo

Ola,

O moia ganha cabeça, corpo, mas falta as pernas. É preciso espalhar a mensagem.

Estão de parabens, as idéias terra a terra é o que o Olival necessita.

As pessoas que achavam que o moia seria uma brincadeira devem ficar preocupados. Nota-se em cada artigo a ganhar forma, muito interessante.

Nas pessoas que integram a restante lista conseguem integrar todas as vertentes politicas? Também seria interessante.

Por ora despeço-me:

PAULO JORGE

pedroliveira

Ola bom dia!

1º gostaria de agradecer todos os comentários, que na generalidade têm sido bastante construtivos e elucidar os mais pertinentes:

- os projectos a que nós chamamos pequenos, sê-lo-ão apenas na dimensão, não na importancia

- realmente o jornal, achamos vital também na transparencia da gestão da Junta, será uma forma de sermos controlados.

- A água já tem o enquadramento legal da nova lei da água e que não está nada facil.

- O projecto florestal deverá ser em todas as vertentes e que poderá englobar várias freguesias, será essa intenção.

- Por fim, realmente é nossa intenção juntar pessoas em redor do Moia, de todas ideologias mas com o mesmo objectivo. Penso que só assim o Movimento poderá realmente representar o Olival no seu todo.

Na verdade, descobrimos todos os dias novas idéias e novas formas de atingirmos os objectivos que muitos andam a tantos anos para resolver.

Não existe nenhuma cartola, mas existe determinação, objectividade, consulta, abertura, disponibilidade e investigação.

o Moia está a crescer, esperemos que como uma bola de neve, quando começa a rolar, nunca mais pará de crescer.

Assim seja

Obrigado


Pedro Oliveira

Sérgio Dias

PARABÉNS! Finalmente um movimento independente para concorrer à Junta do Olival! É tempo de todos os cidadãos portugueses levantarem a sua voz, exigirem ao poder político que faça algo pelo POVO, sim o POVO, afinal fizemos um 25 de Abril mas neste momento existem interesses instalados quer a nível autárquico quer a nível nacional que governam em prol apenas de alguns e têm esquecido sistematicamente o POVO, os que trabalham e pagam impostos... Para a frente é que é o caminho, está na hora de todos assumirmos as responsabilidades que temos na sociedade, de nos deixarmos de encolher os ombros e pormos mãos à obra, agirmos energicamente e com convicção, pois este poder político a que assistimos hoje está podre, sem ideiais nem convicções e principalmente sem atitude! Abaixo os "velhos do restelo" destas paragens que novos ideais se levantam, novas caras, novas ideias e muita vontade de fazer pelo Olival aquilo que realmente merece, porque não vivemos apenas de alcatrão nas estradas e obras no cemitério... FORÇA MOIANOS QUE O CAMINHO É ÁRDUO MAS NÃO INALCANSAVÉL...

Anónimo

também estou de acordo com o observador atento, apostem na saúde!
É impordoavél ver os nossos representantes dizer que o problema da saúde não é da sua competencia. Se esse senhor não acredita na sua força e na força do povo do olival, fora com ele!

Hora de mudança!

FORÇA MOIA!

Ana Maria

Anónimo

Começou no dia vinte e nove e acabou já no dia trinta, a primeira reunião do MOIA, foi positiva, viu-se que há muitas ideias que vão ser postas em prática, porque há voluntários que querem ser activos, como diz o Movimento, as ideias estão lançadas e começam a tomar grandes proporções com tanta gente a querer oferecer os seus préstimos serviços vamos ajudar os que mais precisão aliviando as famílias, na educação e na saúde são as duas necessidades urgentes, da nossa freguesia, nós como movimento vamos chamar para nós estas duas propriedades, resolve-las na totalidade será impossível mas tentar minimiza-las.
Limpar valetas ou passeios será feito por duas pessoas durante a noite com uma viatura um deposito de água e uma bomba, não será presido tanta gente e tanta máquina.
Muitas outras coisas serão feitas a baixo custo.
Um funcionário para o cemitério será uma realidade, ficando os funerais mais baratos e um cemitério mais limpo, como fontes e junto os caixotes do lixo.
José Martins Esteves

paula neves

paula nunes!

é com agrado que vejo aqui entusiasmo para iniciar a MUDANÇA! E ela já começou, há sinais... que significam que quem tem o poder, neste momento, se apercebeu que as pessoas não estão tão resignadas como pensavam (eles sabem que satisfeitos não estávamos...) e que se não querem correr o risco de perder o POLEIRO tem de esforçar mais... só por isso já valeu a pena o aparecimento do MOIA, que deve continuar a fazer mossa!

até breve....
paula neves

Anónimo

sergio pereira,

olá!
Concordo com a paula nunes, quando alerta para o problema da gestão da água na freguesia, apesar de não ser exclusivo desta terra, bem o sabemos, No entanto, não é por isso que o devemos ignorar, desvalorizar ou delegar. De facto, é um problema sério, mas também delicado a que a junta não deve ficar alheia. Eu concordo com alguns dos comentadores, que a junta deve ser, essencialmente, um mediador entre os interesses do povo e as entidades hieraquicas superiores. Deve ser a voz do povo, para isso deve ouvi-lo, como pretende o MOIA. A questão da água é uma das questões que beneficiacam com esse papel de mediação.
E em relação ao enquadramento legal deixo aqui uns excertos da CARTA EUROPEIA DA ÁGUA, proclamada pelo Conselho da Europa em maio de 1968 (o famoso maio de 68...):
"não há vida sem água (...)os recursos de água doce não são inesgotaveis (...) os recursos aquíferos devem ser inventariados (...) a água é um património comum (...) a água não tem fronteiras(...).

Já dá para pensar...

sérgio pereira

 
Assalto ao Poleiro