O olhar clínico de quem investiga o poder local e publica no “O Castelo”:
Moer iv, um modo de fazer diferente o mesmo
Por Sérgio Faria em outubro 2, 2009 8:05 AM
Coisas simples. A declaração de princípios do moia - movimento pr'Olival independente e activo. O programa eleitoral do moia - movimento pr'Olival independente e activo. E o processo público, aberto e participado de reflexão, apresentação, discussão e consolidação das propostas a sufragar. Ideias simples, coisas simples, passos simples. Isto é fazer política às claras. Política para servir o freguês, não política para chegar ao poleiro. O que espanta é que, ao nível autárquico, onde o «poder» está supostamente mais próximo dos cidadãos - e, portanto, exposto e disposto a eles -, isto seja tão raro. Espanta que a simplicidade torne tão evidente a opacidade existente. Espanta que uma declaração de princípios fundamentais, que a larga maioria - se não mesmo a totalidade - das pessoas percebe e acolhe sem qualquer objecção, seja necessária e se constitua como enunciado de diferença política. Espanta como a simplicidade das propostas e dos meios para as concretizar é simultaneamente um sintoma de autenticidade e de responsabilidade. Espanta a disponibilidade para, de modo diferente, dar corpo a uma política de serviço público, que sirva a comunidade e que pretende implicar a comunidade nesse processo, estimulando a aproximação e a participação das pessoas, o que, para além de contribuir para a transparência dos processos de tomada de decisão, permite a corresponsabilização e a solidariedade das pessoas em relação às decisões tomadas. Espanta que ainda haja política assim e pessoas disponíveis para ela e para fazerem esforços no sentido de a tentar. Apesar dos sinais de entorpecimento da democracia - caracterizado pelo desinteresse de muitas pessoas em relação à política, pelas desconfiança e insatisfação crescentes em relação às instituições políticas e aos actores políticas, pela abstenção eleitoral e pela participação cívica escassa em geral -, ainda há movimentos que, por via do estímulo e do sobressalto público que provocam, contribuem para a melhoria da qualidade do regime. Pelo que, se há esperança de que a democracia seja capaz de regenerar-se a partir de baixo, do chão, o moia parece ser um exemplo de que isso é possível.
CONTRA NINGUÉM. SIM, PELO OLIVAL.
Moer iv, um modo de fazer diferente o mesmo
Por Sérgio Faria em outubro 2, 2009 8:05 AM
Coisas simples. A declaração de princípios do moia - movimento pr'Olival independente e activo. O programa eleitoral do moia - movimento pr'Olival independente e activo. E o processo público, aberto e participado de reflexão, apresentação, discussão e consolidação das propostas a sufragar. Ideias simples, coisas simples, passos simples. Isto é fazer política às claras. Política para servir o freguês, não política para chegar ao poleiro. O que espanta é que, ao nível autárquico, onde o «poder» está supostamente mais próximo dos cidadãos - e, portanto, exposto e disposto a eles -, isto seja tão raro. Espanta que a simplicidade torne tão evidente a opacidade existente. Espanta que uma declaração de princípios fundamentais, que a larga maioria - se não mesmo a totalidade - das pessoas percebe e acolhe sem qualquer objecção, seja necessária e se constitua como enunciado de diferença política. Espanta como a simplicidade das propostas e dos meios para as concretizar é simultaneamente um sintoma de autenticidade e de responsabilidade. Espanta a disponibilidade para, de modo diferente, dar corpo a uma política de serviço público, que sirva a comunidade e que pretende implicar a comunidade nesse processo, estimulando a aproximação e a participação das pessoas, o que, para além de contribuir para a transparência dos processos de tomada de decisão, permite a corresponsabilização e a solidariedade das pessoas em relação às decisões tomadas. Espanta que ainda haja política assim e pessoas disponíveis para ela e para fazerem esforços no sentido de a tentar. Apesar dos sinais de entorpecimento da democracia - caracterizado pelo desinteresse de muitas pessoas em relação à política, pelas desconfiança e insatisfação crescentes em relação às instituições políticas e aos actores políticas, pela abstenção eleitoral e pela participação cívica escassa em geral -, ainda há movimentos que, por via do estímulo e do sobressalto público que provocam, contribuem para a melhoria da qualidade do regime. Pelo que, se há esperança de que a democracia seja capaz de regenerar-se a partir de baixo, do chão, o moia parece ser um exemplo de que isso é possível.
CONTRA NINGUÉM. SIM, PELO OLIVAL.
3 comentários:
...o Moia agradece!
Pedro Oliveira
Brilhante texto, na forma e no conteúdo. Parabéns!
Obrigado Sérgio Faria por conseguir detectar o nosso "nanominimicro movimento independente" desta "nanominimicro freguesia".
Mas sabemos que o Sérgio sabe que as bombas mais potentes utilizam uma energia que se obtem a partir de partículas infimamente minúsculas, que nem o microscópio mais potente as consegue ver, no entanto o resultado é bem visível.
São estas constatações científicas que nos dão força para continuar nesta luta, para darmos o nosso contributo para uma forma diferente de fazer política.
Se a nossa "borboleta bater asas" e conseguir, ao menos, provocar uma brisa de mudança, para nós é uma grande vitória.
É que a palavra "vitória" para nós não significa ganhar eleições. Se conseguirmos mudar mentalidades e estremecer acomodados, essa é a nossa grande vitória!
Sentimo-la todos os dias, quando as pessoas que abordamos finalmente se dão conta que foram sendo esquecidas e que , muitas vezes, foram também sendo manipuladas de forma a não poderem exercer os direitos mais básicos da democracia.
Votar é fixe!É um direito e um dever!
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